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Precisamos falar sobre Comunicação Pública

Por Cosette Castro*

No Brasil existem várias agências de notícias, tanto amplas como especializadas, para além das agências do mercado privado. Elas colaboram para oferecer outros olhares sobre o mundo, são fonte de informações para comunicadores e cidadãos interessados em ter vários pontos de vista sobre um tema. E também oferecem vagas de emprego. Entre essas agências, é possível citar a Agência Andi, a Agência Patrícia Galvão, a Alice, Agência Livre e a Pública, Agência de Jornalismo Investigativo, entre centenas de outras espalhadas pelo Brasil, em geral encontráveis apenas pela internet. Mas pouca gente conhece essas agências de notícias, e mais uma vez a sociedade brasileira é diretamente atingida. Isso ocorre porque o mercado de comunicação tradicional (comercial) é fechado e restrito a poucos concorrentes que divulgam e multiplicam suas próprias mídias. A TV Globo que fala da Globo News, que faz publicidade da Radio Globo ou da CBN, que cita O Globo, a Agência Globo e o portal de notícia G1, que citam os filmes realizados pela Globo Filmes e os livros da Editora Globo, todos pertencentes ao mesmo grupo de comunicação. Comunicação pública inclui também as mídias dos governos estaduais, como é o caso da TV Cultura, considerada uma das cinco melhores do mundo, e do Governo Federal. No âmbito federal, existe a TV Brasil, a TV Brasil Internacional, as nove rádios públicas, entre elas a Rádio Nacional e a Rádio Nacional da Amazônia, o portal Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a área multimídia, aberta à participação cidadã, e a agência de notícias EBC. Trata-se de um amplo espaço de trabalho e informação ainda pouco conhecido, e subaproveitado pelas audiências. E isso atinge diretamente a sociedade, que recebe informações majoritariamente do mercado privado. A Comunicação Pública estimula ainda o debate sobre conselhos de comunicação, ombudsman, audiências públicas, ouvidorias, transparência pública e políticas de comunicação. Isso amplia a noção de comunicação restrita a ideia de “fazedora e divulgadora” para uma comunicação estratégica, inserida na vida social. E isso diz respeito diretamente a toda sociedade Pra finalizar: precisamos falar sobre Comunicação Pública quando parte da população acredita que os meios de comunicação privados - que visam ao lucro e se deixam levar pelos interesses do mercado - são imparciais. E também quando creem que as demais mídias - as públicas – não são confiáveis.


* Artigo da professora Dra. Cosette Castro, coordenadora do Observatório Latino-Americano das Indústrias de Conteúdos Digitais (OLAICD)/UCB e integrante da coordenação da campanha ‪#‎IncluiComunicaçãoPública.


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